quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Treinador da Noruega espera muito do Brasil no Mundial

A seleção feminina de Handebol da Noruega será a rival do Brasil nesta quarta-feira, às 19h30min, na Arena Santos, no último amistoso das donas da casa antes da estreia no Campeonato Mundial. As norueguesas, atuais tetracampeãs europeias e campeãs olímpicas em Pequim, prometem ser um excelente teste. A equipe vem ao Brasil com status de uma das favoritas ao título e com a vaga para a Olimpíada de Londres já garantida.
O técnico da equipe é o islandês Thorir Hergeirsson, que assumiu o comando da seleção em 2009. Em seu primeiro torneio, o Mundial da China, em 2009, ficou com a medalha de bronze. Um ano depois, alcançou sua primeira conquista, ao levar a Noruega ao título do Campeonato Europeu (o quarto consecutivo do país).

Nesta entrevista, Thorir fala da importância do torneio para a sua equipe e revela que tem grande expectativa em relação à performance do Brasil.

É uma vantagem importante para a Noruega já estar classificada para as Olimpíadas? Isso significa que o torneio é apenas um passo no sentido da preparação olímpica? 

Nós queremos lutar por uma medalha. Eu acho que isso diz tudo. É claro que o desenvolvimento da equipe - também tendo em vista dos Jogos Olímpicos - tem prioridade. Vamos ver no Mundial, mas temos menos pressão do que as outras equipes. Uma coisa é clara: o Brasil é um passo importante no caminho para Londres.
Algumas jogadoras importantes podem não estar presentes no Brasil.

Como você pretende montar sua equipe? 

Temos de esperar até o momento do Mundial começar. Não tenho nada determinado ainda. Duas ou três jogadoras importantes se contundiram na fase de preparação. Se não estiverem em condição de jogo, nós vamos montar um plantel mais jovem. Assim, o Mundial do Brasil será um verdadeiro desafio para nós. Espero que as jogadoras mais experientes sejam capazes de participar, até para dar apoio às atletas mais jovens.
Quais são seus objetivos no Mundial do Brasil?
Queremos lutar por uma medalha em qualquer caso e, depois, iniciar a mudança em direção a uma geração mais jovem. Temos de tornar nosso jogo consistente e minimizar as diferenças entre os altos e baixos. Assim, tudo depende do nosso pessoal, mas nosso objetivo é uma medalha. 

Como você classifica seus concorrentes? 

O handebol feminino fez muitos progressos nos últimos anos. Muitas nações se desenvolveram muito bem e tornaram-se fortes concorrentes, o que é excelente para toda a modalidade. É, portanto, também um dos objetivos da Noruega promover o handebol feminino como um todo e aumentar o seu nível. 

Que países são seus principais concorrentes na luta pelas medalhas?

Rússia e França têm, atualmente, os melhores times. As russas são tradicionalmente fortes em Mundiais, enquanto uma excelente equipe tem surgido na França. Além disso, existem países como Suécia, Alemanha, Espanha, Coreia do Sul e Brasil, que têm boas chances de ganhar uma medalha. Eu espero muito em particular do Brasil, não só por causa de sua vantagem em jogar em casa. 

Como você classifica seus adversários na fase preliminar?

Alemanha e Montenegro têm grandes times, mas eu prefiro ver de perto as seleções de Angola e China que, certamente, podem ser grandes surpresas. 

Gro Hammerseng (grávida) vai desfalcar sua equipe.Como você analisa a perda dessa jogadora-chave?

Se uma jogadora importante está ausente, as outras atletas têm de assumir seu papel. É simples! Gro afirmava que sua carreira no handebol não tinha acabado, mas temos que ver como ela retornará à equipe depois que seu bebê nascer. No momento, temos que, simplesmente, desenvolver e melhorar a equipe sem ela.

Sua equipe é composta por muitas jovens de grande talento e jogadoras mais experientes atuando juntas. Sim, temos jovens promissoras, como Nora Mork e Amanda Kurtovic.
Quanto às mais experientes, elas estão preocupadas em desempenhar um papel de liderança, o que empurra a nossa equipe para frente. Você considera uma vantagem ou desvantagem muitas de suas jogadoras atuarem juntas em um clube (Larvik)? Isso não é problema. Uma grande atmosfera prevalece em ambos os lados, e as atletas se dão muito bem. Acho que a equipe nacional pode beneficiar-se em grande parte dessa constelação. Estou em contato muito próximo com os treinadores dos clubes das nossas jogadoras, em particular com o Larvik, é claro.

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