terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Em Jogo emocionante, Brasil venceu a França de virada por 26 a 22

A Seleção Brasileira conseguiu uma vitória incrível nesta terça-feira no Campeonato Mundial feminino de handebol e garantiu com antecipação a vaga para as oitavas de final. Diante da poderosa França, atual vice-campeã do torneio, o time verde-amarelo superou os próprios erros, buscou uma reação épica no segundo tempo e saiu de quadra com a vitória por 26 a 22, na liderança do Grupo C ao final da terceira rodada e empolgando o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. 
Depois de virar para o intervalo perdendo por 17 a 10, o Brasil teve uma atuação épica na etapa decisiva. Com a veterana Chana fechando o gol no segundo tempo e contando com um barulho enorme das arquibancadas, além de uma mudança tática feita pelo técnico Morten Soubak, a Seleção tirou a diferença do placar em pouco mais de 15 minutos e manteve o aproveitamento de 100%, com a terceira vitória no Mundial.
Com isso, o Brasil chegou aos seis pontos e não pode mais ser alcançado pelo Japão, quinto colocado com um. A Romênia aparece em segundo com cinco, enquanto a França caiu para a terceira posição do Grupo C, parada nos quatro. A Tunísia, no quarto posto, fecha a zona de classificação da chave, enquanto Cuba, com três derrotas, aparece zerada na lanterna. 
Antes do duelo entre brasileiras e francesas, a terceira etapa da primeira fase do grupoteve um equilibradíssimo duelo entre Romênia e Japão, que empataram por 28 a 28 em um jogo dramático: as asiáticas, que precisavam da vitória para seguirem sonhando com uma vaga às oitavas de final, conseguiram igualar no estouro do cronômetro. Antes, em duelo de duas equipes até então zeradas na pontuação, a Tunísia somou seu primeiro triunfo ao bater Cuba por 32 a 29. 
Agora, as seleções do Grupo C ganham a quarta-feira de folga e só retornam ao Ginásio do Ibirapuera na quinta, para a quarta e penúltima rodada da chave. Fechando o dia, o Brasil encara a Romênia às 19h45 (de Brasília); antes, Japão e Tunísia abrem o dia de partidas na capital paulista às 15h e, às 17h15, a França mede forças com Cuba.
França se sobressai com antijogo e contragolpes
A partida começou nervosa e extremamente equilibrada. A França, que exagerava nas faltas e dificultava para o Brasil, esteve sempre à frente do marcador, mas sem grande folga até o relógio chegar aos 10min, com 3 a 2. O Ginásio do Ibirapuera, com mais público do que nos outros dois jogos, se levantou mesmo na adversidade e não parou de gritar. Ainda assim, as francesas conseguiam com sucesso dificultar o ataque verde-amarelo.
As brasileiras, demonstrando certa afobação, passaram a desperdiçar muitas chances de ataque e viram as europeias aumentarem consideravelmente essa diferença. Com meros 43% de aproveitamento nos arremessos e sofrendo com contragolpes mortais, a Seleção foi para o intervalo perdendo por sete gols de desvantagem: 17 a 10. 
Chana fecha o gol e Brasil vira: 
Apesar da diferença considerável, o Brasil voltou melhor para o segundo tempo. A goleira Chana voltou como titular e foi ovacionada pela torcida, que vibrou muito e empolgou as jogadoras em quadra. Aliado a isso, Soubak abriu mão no esquema defensivo 6-0, deixou Alexandra mais à frente com o 5-1 e aumentou a zaga. Resultado: a vantagem francesa caiu para quatro gols com 9min, para 19 a 16.
A defesa brasileira, muito mais forte no segundo tempo, passou a dar sustentação para o ataque, que voltou eficiente para a etapa final. Aliado a isso, cada defesa de Chana enlouquecia ainda mais o público paulistano.
De tanto brigar, a Seleção buscou o empate aos 18min com 21 a 21, virou aos 20min para 22 a 21, provocou um barulho ensurdecedor no Ibirapuera e ganhou força para os últimos minutos. A diferença aumentou, o ginásio ficou em pé e não parou de gritar e comemorou a vitória histórica.

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